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dc.contributor.advisor1Voss, Dulce Mari da Silva-
dc.creatorAlves, Eliada Mayara Cardoso da Silva-
dc.date.accessioned2021-06-09T18:35:58Z-
dc.date.available2021-06-09-
dc.date.available2021-06-09T18:35:58Z-
dc.date.issued2021-05-06-
dc.identifier.citationALVES, Eliada Mayara Cardoso da Silva . Marias (im) possíveis nas tramas discursivas da rede de atendimento e enfrentamento à violência . 105 f.: il. 2021. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Ensino) – Universidade Federal do Pampa, Campus Bagé, Bagé, 2021.pt_BR
dc.identifier.urihttp://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5686-
dc.description.abstractThis Dissertation presents a case study on the network of care and coping with violence against women, based on the work of the Municipal Coordination of Women in the City of Bagé / RS, in 2019, when I provided legal assistance to women in situations of violence. The recurrence of care aroused in me the desire to investigate the historical, political, social and cultural conditions in which, in modern and contemporary societies, discursive and non-discursive practices that produce the subject woman "victim of violence" emerge. The analysis I made of the documents made about the care, allowed to launch a more detailed look at the cases of violence, at the local level, and to trace relationships between markers of gender, race, social class, age, housing conditions and schooling that make up the complexity of factors involved in the production of violence. The interviews with professionals who, like me, worked in the network, allowed the perception of the effects of patriarchal and heteronormative culture on the capture of women's bodies and the power-to-pleasure relationships that position them as subjects subjected by gender inequalities. In the shelter house, I found women cared for and protected by virtue of extreme violence, since childhood, and that remained in the affective relationships. The analysis based on post-structuralist theories leads me to understand that violence is engendered in the social life and culture of Western societies. The institutional provisions of the liberal state, such as power-to-legal, strengthen the distribution of subjects into binary categories – guilty or victims. The laws define the subject woman as "victim of violence" and protected to protection, maintaining the position of subalternity manufactured by patriarchy that educates women to remain in the domestic space, imprisoned to the condition of wife and mother. Patriarchate reinforced by the discourses circulating in the network, projecting the responsibility of the violation of women's bodies to themselves. Enunciation of the woman "victim of violence" who is a perverse invention incapable of defining women who, in one way or another, fight, resist, but who also, for many times, accept resigned the bonds of a precarious life. Denaturalizing discursive and non-discursive practices that operate in the education and government of the bodies and subjectivities of women in situations of violence, was the strategy that guided this writing. Fed on the courage to create devires-mulher and provoke the contagion of forces and powers that allow us to invent other lives.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal do Pampapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.subjectViolência contra mulherespt_BR
dc.subjectPatriarcadopt_BR
dc.subjectDesigualdade de gêneropt_BR
dc.subjectPoder-saber jurídicopt_BR
dc.subjectDevires-mulherpt_BR
dc.subjectViolence against womenpt_BR
dc.subjectPatriarchatept_BR
dc.subjectGender inequalitypt_BR
dc.subjectLegal power-knowingpt_BR
dc.titleMarias (im) possíveis nas tramas discursivas da rede de atendimento e enfrentamento à violênciapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.referee1Voss, Dulce Mari da Silva-
dc.contributor.referee2Cantini, Adriana Hartemink-
dc.contributor.referee3Jacondino, Eduardo Nunes-
dc.publisher.initialsUNIPAMPApt_BR
dc.publisher.programMestrado Acadêmico em Ensinopt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASpt_BR
dc.description.resumoEsta Dissertação apresenta um estudo de caso sobre a rede de atendimento e enfrentamento à violência contra mulheres, baseado na atuação da Coordenadoria Municipal da Mulher na Cidade de Bagé/RS, no ano de 2019, quando prestei atendimento jurídico às mulheres em situação de violência. A recorrência dos atendimentos suscitou em mim o desejo de investigar as condições históricas, políticas, sociais e culturais em que emergem, nas sociedades modernas e contemporâneas, práticas discursivas e não-discursivas que produzem o sujeito mulher “vítima de violência”. A análise que fiz dos documentos feitos sobre os atendimentos, permitiram lançar um olhar mais detalhado para os casos de violência, em âmbito local, e traçar relações entre marcadores de gênero, raça, classe social, idade, condições de moradia e escolaridade que compõem a complexidade de fatores envolvidos na produção da violência. As entrevistas com profissionais que, assim como eu, atuavam na rede, possibilitaram a percepção dos efeitos da cultura patriarcal e heteronormativa na captura dos corpos de mulheres e as relações de poder-saber-prazer que as posicionam como sujeitos assujeitadas pelas desigualdades de gênero. Na casa abrigo, encontrei mulheres atendidas e protegidas em virtude da violência extrema, desde a infância, e que se manteve nos relacionamentos afetivos. A análise fundamentada nas teorias pós-estruturalistas leva-me a entender que a violência está engendrada na vida social e na cultura das sociedades ocidentais. Os dispositivos institucionais do Estado liberal, como o poder-saber-judiciário, fortalecem a distribuição dos sujeitos em categorias binárias – culpados ou vítimas. As leis definem o sujeito mulher como “vítima de violência” e tutelada à proteção, mantendo a posição de subalternidade fabricada pelo patriarcado que educa mulheres a permanecerem no espaço doméstico, presas à condição de esposa e mãe. Patriarcado reforçado pelos discursos que circulam na rede, projetando a responsabilização da violação dos corpos das mulheres à elas próprias. Enunciação da mulher “vítima de violência” que é uma invenção perversa incapaz de definir mulheres que, de um modo ou de outro, lutam, resistem, mas que também, por muitas vezes, aceitam resignadas as amarras de uma vida precária. Desnaturalizar práticas discursivas e não-discursivas que operam na educação e governo dos corpos e das subjetividades de mulheres em situação de violência, foi a estratégia que guiou esta escrita. Alimentada na coragem de criar devires-mulher e provocar o contágio de forças e potências que nos permitam inventar vidas outras.pt_BR
dc.publisher.departmentCampus Bagépt_BR
???org.dspace.app.webui.jsptag.ItemTag.appears???Mestrado Acadêmico em Ensino

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